Tecnopolítica e o novo tempo social

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25/07/2016
Opinión
 

Do desemprego agrário na Colômbia ao movimento “Passe Livre” no Brasil, do jornalismo digital e da luta mapuche pela terra às rádios comunitárias em rede da Bolívia, passando pelo “Yo soy 132” do México ou pela revolução dos pinguins do Chile, a tecnopolítica inaugura na região, na última década, um tempo novo que requer formular com certa urgência uma agenda de trabalho em comum entre movimentos sociais e academia para conectar e definir um projeto de construção coletiva que transcenda os marcos e as normas estabelecidas pela Comunicação como Domínio. Esta vontade transformadora de articulação de um programa de trabalho ou plataforma em comum não pode, como é lógico, partir do zero. É necessário lembrar o processo de inovação social vivido na América Latina ao longo das décadas de 1960 e 1970. Ainda hoje, entre culturas e tradições diversas que conformam o amplo setor comunitário da comunicação, numerosos agentes e atores coletivos continuam sustentando a ideia revolucionária da comunicação participativa reivindicando a práxis com eles a partir da economia moral da multidão e da rica e diversa experiência das culturas populares.

Das frentes culturais e das lutas pela democracia informativa liderada pela Comunicação Comunitária como campo de produção autônoma de articulação de vozes, como abertura contra-hegemônica para a mudança social, da resistência à crítica antagonista, o trabalho de organizações pioneiras como ALER, ALAI ou SIGNIS, entre muitas outras, veio contribuindo para o desenvolvimento de processos de produção e apropriação tecnológica baseado na organização, na unidade, no empoderamento grupal e coletivo que hoje devem ser levados em consideração para uma plataforma e agenda comum na América Latina.

Porém, na era da, denominada por Castells, “Autocomunicação de Massas”, parece lógico revisitar criticamente, até as suas últimas consequências, as novas experiências de tecnopolítica que são observadas na região, em um exercício de reflexão dialética, recursiva e generativa do campo, para recompor as posições de observação, definir mudanças de objeto e projetar novos usos e estratégias de redes diante da guerra informática e da constante intervenção que observamos em iniciativas da USAID aplicadas em países como Cuba ou Brasil. Nisto, arriscamos o futuro, e em nossos países periféricos a própria possibilidade de desenvolvimento autônomo.

Seria conveniente ressaltar sobremodo este fato, porque tememos que o chamado terceiro setor não seja totalmente consciente desta situação contraditória. Nem sempre foi assim na tradição latino-americana. Desde “Para ler o Pato Donald”, o pensamento crítico em comunicação procurou desconstruir a todo o momento o processo neocolonialista das indústrias culturais e da teoria funcionalista ou etnocêntrica ocidental, hibridando, relendo, escriturando de novo a história e o pensamento desde a sua topologia e mundos de vida concretos.

Sabemos que as tecnologias da informação e comunicação (TICs) são dispositivos de expressão da ação coletiva que surgem como resultado da inovação, ao mesmo tempo em que articulam para os movimentos sociais, do ponto de vista da mediação social, novas condições de disputa da hegemonia na luta pelo código. Daí a adequação de uma abordagem sociocultural das mediações, aberturas e modelos de hibridação do espaço público que têm lugar nas contraditórias dinâmicas de articulação da cultura cibernética contemporânea.

De acordo com a Carta sobre Direitos na Internet da Associação para o Progresso das Comunicações (APC), “o acesso à internet foi incrementado apesar da constante exclusão de comunidades marginais e de milhares de pessoas em países em vias de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, está cada vez mais sujeita à comercialização, ao poder e ao controle corporativos. As novas tecnologias da informação e comunicação (TIC), incluída a internet, são parte do processo de globalização — um processo que é realizado em termos desiguais e que costuma exacerbar as desigualdades sociais e econômicas entre países e dentro dos mesmos. Ao mesmo tempo, a internet e as tecnologias relacionadas podem se converter em ferramentas para a resistência, a mobilização social e o desenvolvimento quando estão nas mãos de indivíduos e organizações que trabalham pela liberdade e a justiça” (APC, 2002).

Novos desafios

Neste novo marco de intervenção, não podemos esquecer que emerge um novo sujeito ou actor-red. “Em particular, a transformação da subjetividade dos processos de identidade pelo deslocamento dos referentes culturais, corporais, espaço-temporais, geográficos e políticos, em uma ágora eletrônica, de despersonalização para alguns, de exacerbação do eu, ou de uma subjetividade compartilhada para outros, é um assunto que requer a nossa atenção. O cruzamento de normativas que opera na rede está configurando um novo espaço para a construção do outro e em consequência para pensar a cidadania” (Rueda, 2006: 29).

A transformação dos vínculos sociais no ciberespaço antecipa, enfim, novas formas de cidadania. Por isso, os movimentos sociais, o voluntariado e as ONGs devem assumir a centralidade da tecnopolítica e definir estratégias em comum nas redes eletrônicas e telecentros, na medida em que toda máquina “é uma concatenação não só de tecnologia e saber, mas também de órgãos sociais, chegando ao extremo de exercer uma coordenação dos trabalhadores e das trabalhadoras individuais” (Raunig, 2008: 28). A visão matricial em rede implica, nesta linha, maior flexibilidade, interconexão, horizontalidade e proximidade. Mais comunicação e menos informação, de acordo com o paradigma ou enfoque da mediação.

A questão, então, é ver se as redes digitais nos permitem articular espaços socialmente abertos, inovadores e autônomos, se contribuem para estabelecer regras e procedimentos, contra poderes e espaços de interlocução e empoderamento ou, pelo contrário, replicam lógicas de domínio tradicionais tal e como se observou recentemente na Bolívia. Por isso, talvez devamos voltar a transitar o deslocamento do tecnoinstrumental para o sociopolítico, aprendendo de novo a politizar criticamente a geração social da comunicação e da cultura em uma época de crescente separação e mercantilização do universo simbólico pelas lógicas de mercificação da inovação tecnológica e social.

Caso não seja feita, como vem apresentando Mattelart, uma crítica ao controle cibernético, os processos de mudança que a América Latina vive correm o perigo de serem presas da jaula digital e das estratégias de domínio do que no passado se denominara cultura tec notrônica. Confiamos na inteligência criativa e emancipadora do tecido social. É hora de trazer estas questões para o centro de uma agenda comum. Como e a partir de onde fazê-lo é uma questão a ser definida no território e a partir do concreto. Urbi et Orbi.

– Francisco Sierra Caballero é catedrático de Teoria da Comunicação. Diretor do Grupo Interdisciplinar de Estudos em Comunicação, Política e Mudança Social (SEJ-456. Plano Andaluz de Pesquisa).  www.franciscosierracaballero.

Artigo publicado na edição de junho 2016 da ediçao em portugês da revista América Latina en Movimiento: “La comunicación en disputa” http://www.alainet.org/pt/revistas/513-514 (ALAI – SENGE-RJ)

Referências

APC (2002). Carta de APC sobre derechos en Internet: Internet por el desarrollo y la justicia social. http://www.alainet.org/es/active/11844 (anexo II)

LAGO, Silvia (Comp.) (2012). Ciberespacio y resistencias. Exploración en la cultura digital. Buenos Aires: Hekht Libros.

RAUNIG, Gerald (2008). Mil máquinas. Breve filosofía de la máquina como movimiento social. Madrid: Traficantes de Sueños.

RUEDA, Rocío (2006): “Apropiación social de las tecnologías de la información: ciberciudadanías emergentes” en Tecnología Educativa, ILCE, número 4, México.

SIERRA, Francisco y David Montero (Eds.) (2015). Videoactivismo y movimientos sociales. Barcelona: Gedisa.

Artículo publicado en la Revista América Latina en Movimiento: A comunicação em disputa 04/07/2016

Caso Assange, ¿laberinto sin salida?

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Por Yanet Llanes Alemán *
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La Habana (PL) Amenazado por potencias occidentales interesadas en controlar la información, Julian Assange, fundador del sitio Wikileaks, lleva más de cuatro años refugiado en la embajada ecuatoriana en Londres, esperanzado en que se aclaren las turbias acusaciones en su contra.

Otros Exclusivos:

Confinado en una pequeña habitación, sin poder salir al aire libre, separado de su familia y con un estado de salud deteriorado, Assange, de 44 años, vive recluido para evitar su extradición a Suecia donde se le acusa por presuntos delitos sexuales que él niega.

«No he podido ver el sol durante estos cuatro años. Tampoco he podido ser padre, lo ha hecho su madre y es algo muy serio. Esta no es una situación en la que se pueda mantener un ser humano», afirma el fundador de Wikileaks.

Según el jefe del equipo de abogados de Assange, Baltasar Garzón, el periodista australiano vive en condiciones peores que las de un centro penitenciario.

«La situación es extrema, no puede salir de un espacio que no dejan de ser unas oficinas. Y ello conlleva otros graves problemas como es la asistencia médica», explica.

Su situación- añade Garzón-quebranta todos los tratados y convenios que garantizan la buena atención que deben tener personas sometidas a un procedimiento y privadas de libertad.

Por otra parte, el ciberactivista alega que la misión diplomática es un lugar de acoso permanente por parte del gobierno británico, que presiona al personal de esa legación.

Mientras, el ministro de Exteriores ecuatoriano, Guillaume Long, sospecha que los servicios de inteligencia británicos espían el recinto.

«Hay que tener mucha suerte para poder hacer una llamada telefónica desde el interior de la misión- denuncia el canciller -, Internet está constantemente interrumpido. Todo está pirateado. Es un entorno realmente hostil para Assange.»

«Si en Ecuador tuviéramos a una persona encerrada en una embajada durante cuatro años sin permitirle salir cuando un país le ha otorgado asilo (â��); tribunales de derechos humanos, la Corte de la Haya, y hasta la corte de los marcianos (dice con ironía) nos acusarían de criminales y dictadores», indica el presidente ecuatoriano, Rafael Correa.

Sin embargo, advierte Correa, «frente al caso de Assange no ha ocurrido nada, el mundo ve para otro lado. Su encierro, por presión de Reino Unido y Suecia, es una clara violación a los derechos humanos».

ACUSACIONES CONTRA ASSANGE, UN REGALO A EE. UU.

El gobierno de Ecuador otorgó asilo humanitario al programador informático en 2012, pero a este le resulta imposible viajar a ese país ante la amenaza de Londres de detenerlo una vez que abandone la sede diplomática de Quito.

El pasado 25 de mayo, la justicia sueca decidió mantener la orden de arresto dictada en 2010 contra Assange.

«El tribunal de momento considera a Assange sospechoso de violación con agravantes menores y por ahora hay riesgo de que escape o evite de alguna otra forma la persecución o el castigo», dice el comunicado del ente.

Desde hace seis años la fiscalía sueca busca inculpar a Assange por supuestamente mantener relaciones sexuales desprotegidas con una mujer sin su consentimiento.

En febrero pasado el Grupo de Trabajo sobre Detenciones Arbitrarias de Naciones Unidas dictaminó que la detención de Assange era ilegal y pidió a estos países que acabasen con ella.

Suecia y Reino Unido, país al que Assange califica como «tierra de la hipocresía», violarían la legislación internacional y los derechos humanos en caso de arrestarle.

Ambas naciones, supuestas líderes en la defensa de las libertades individuales, ignoran ese veredicto de expertos de ONU y mantienen en una situación tensa e insostenible al creador de Wikileaks.

El Parlamento de Ecuador aprobó este mes de julio una resolución de solidaridad con Assange para exigir a estos gobiernos europeos que «cumplan lo declarado» por el sistema de derechos humanos de Naciones Unidas.

Mientras tanto, las autoridades suramericanas evalúan la posibilidad de que las instancias suecas interroguen al asilado en la capital británica.

La justicia de la nación nórdica actuó contra el programador informático a raíz de que este puso en aprietos a varios gobiernos, en particular al estadounidense, con la divulgación de miles de cables secretos del Departamento de Estado de ese país.

La orden de arresto, denuncia Assange, no es más que una maniobra para enviarlo a Estados Unidos (EE. UU.), donde sería juzgado por difundir información confidencial sobre la seguridad nacional norteamericana, y podría ser condenado a cadena perpetua o a muerte.

«La razón por la que él sigue dentro de la embajada no se relaciona con las supuestas denuncias sexuales que surgieron en ese país nórdico: eso es una formalidad, un regalo para las autoridades de EE. UU. «, dijo Gavin MacFayden, director del Centro para el Periodismo de Investigación de Londres.

Para el filósofo estadounidense Noam Chomsky, «Assange expuso a los poderosos a la luz, lo que permite que el poder se evapore; por eso es perseguido con salvajismo».

Chomsky sostiene que el fundador de Wikileaks dio herramientas a los habitantes del mundo «para saber qué es lo que hacen sus representantes electos» y para «tener la oportunidad de ser independientes en una sociedad libre, y no esclavos de un amo que opera en secreto».

La organización mediática, que alcanzó popularidad en 2006, ha filtrado -según su fundador- 11 millones de documentos clasificados de todo el mundo a través de su sitio en Internet.

¿QUIÉN DEFINIRÁ SU FUTURO?

La salida de Reino Unido de la Unión Europea (opción conocida como Brexit) puede tener como efecto secundario el fin del exilio del periodista, según manifestó el reconocido portal de filtraciones, tras el resultado del referendo británico.

Por otra parte, queda la posibilidad de que prescriba dentro de cuatro años el delito por el que se le reclama en Suecia.

Sin embargo, para el director del Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina, Francisco Sierra, la posibilidad de liberación de Assange ya no está en manos de los gobiernos de Reino Unido, Suecia o EE.UU.

«Como en otros momentos de la historia, agregó, la capacidad de respuesta y resistencia de la ciudadanía, de los movimientos socialesâ�� va a definir el futuro de Assange».

*Periodista de la Redacción Europa de Prensa Latina.

arb/yla

Tomado de Prensa Latina:  http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&idioma=1&id=5086631&Itemid=1 

Profesores del ICEI expondrán en celebración de los 60 años del Colegio de Periodistas

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  • Fecha y hora: 12/07/2016 al 13/07/2016 – martes, miércoles – 08:30 hrs.
    Lugar: Centro Cultural Gabriela Mistral GAM (Av Libertador Bernardo O’Higgins 227, Santiago.)
Lunes 11, martes 12 y miércoles 13 de julio de 2016.

Lunes 11, martes 12 y miércoles 13 de julio de 2016.

DOCUMENTOS ADJUNTOS
Programa Seminario Internacional 60 años Colegio de Periodistas de Chile
Organiza:
Colegio de Periodistas de Chile

En el marco de las actividades organizadas por el 60 Aniversario del Colegio de Periodistas de Chile, se realizará el Seminario Internacional «Libertad de Expresión, Derecho a la Comunicación Universal y Medios Plurales para las Democracias del Mundo».

En la instancia expondrán directivos y profesores del Instituto de la Comunicación e Imagen, ICEI, de la Universidad de Chile junto a destacados periodistas, dirigentes sociales y académicos de América Latina y el mundo.

El encuentro, donde el ICEI es uno de los colaboradores oficiales, tendrá una ceremonia inaugural el lunes 11 a las 18:30 horas. En tanto, los días martes 12 y miercoles 13 de julio se desarrollará el seminario. Todas las actividades se realizarán en el Centro Cultural Gabriela Mistral (GAM).

El programa cuenta con diversas actividades, entre ellas seis paneles, el lanzamiento de libros y la presentación de un documento resultante de la discusión y construcción de propuestas en torno al ejercicio periodístico y la garantía del derecho a la comunicación, libre expresión e información de los pueblos; que será presentado al Gobierno de Chile. 

Así el gremio, fundado en 1956 y que en la actualidad cuenta con dieciocho Consejos Regionales y cerca de seis mil afiliados, busca que esta celebración sea un hito regional respecto al debate sobre la democratización de la información y las comunicaciones, materias que han concitado amplias discusiones sociales y políticas, cristalizándose en profundas reformas constitucionales que apuntan a garantizar el derecho universal a la comunicación basado en la libertad de expresión y el Derecho a la Información, ambos, consagrados en la Declaración Universal de los Derechos Humanos de 1948.

«En esos debates, dichas garantías se entienden como imperativos éticos para un Estado democrático que busque promover tanto el derecho a informar y comunicar de los ciudadanos como el de ser informados, no sólo por el valor propio de la información sino también por su capacidad de ser un instrumento para el ejercicio de otros derechos, así como también para la fiscalización de los poderes públicos. En ese marco y ad portas del Aniversario número 60 de nuestra organización, nos hemos propuesto desarrollar un encuentro de carácter mundial”, se enfatiza desde el Colegio de Periodistas.

Las intervenciones de los profesores del ICEI se realizarán el martes 12, Panel 2: “Concentración y transparencia en la propiedad de los medios; conflictos de interés, ética y periodismo en relación con la esfera pública y privada. Medios de comunicación social como actores de la política”, donde expondrá María Olivia Mönckeberg, Directora del ICEI y Premio Nacional de Periodismo 2009, (Chile); junto a Guillermo Mastrini (Argentina), Beatriz Costa Barbos (Brasil), Andrés Pascoe, (México, Unesco), Francisco Moreno Asociación Nacional de Prensa (Chile).

El miércoles 13, Panel 8: “El Derecho Humano a la Comunicación como fundamento de la Democracia”, expondrá el profesor Laureano Checa, Director de la Escuela de Periodismo del ICEI, junto a Carlos Margotta (Chile), Representante Fundación Friedrich Ebert S y Javiera Olivares, presidenta del Colegio de Periodistas.

El miércoles también se realizará el lanzamiento de dos libros donde participan profesores del ICEI. A las 12:40 horas se presentará «Comunicación política y democracia en América Latina» de los académicos Claudio Salinas y Juan Pablo Arancibia. La obra que será presentada por Omar Rincón (Colombia), Francisco Sierra (Ecuador) y Héctor Cárcamo, Dirigente Nacional Colegio de Periodistas de Chile.

Ese mismo día, previo al cierre del encuentro, se lanzará el Libro “Voces del Periodismo. 60 años Colegio de Periodistas de Chile”, donde escriben la Directora del ICEI, María Olivia Mönckeberg, junto a otros destacados periodistas. La presentación estará a cargo del profesor del ICEI,  Víctor Herrero Periodistas (Chile), Abraham Santibáñez, Premio Nacional de Periodismo 2015 (Chile) y la periodista Paula Correa (Chile).

Cabe señalar que el Seminario Internacional será transmitido vía streaming por Televisión Nacional de Chile a la ciudadanía; difundido a través de los medios de comunicaciones nacionales e internacionales y, a la vez, en red con diversas organizaciones sociales de Chile y el mundo.

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Contacto:
Colegio de Periodistas+56 2 2 688 38 94

Tomado de Universidad de Chile: http://www.icei.uchile.cl/agenda/123199/celebracion-60-anos-del-colegio-de-periodistas

Seminario Internacional del Colegio de Periodistas abre primera jornada con gran convocatoria

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“Avances y desafíos de los Estados en garantizar la libertad de expresión, el derecho a la comunicación universal y el pluralismo mediático. Regulaciones sobre comunicación y leyes de medios, una perspectiva comparada”, se denominó el panel que abrió las jornadas de conversatorios del Seminario Internacional “Libertad de expresión y medios plurales para las democracias del mundo”, organizado por el Colegio de Periodistas y la Unesco.

El debate, realizado este martes en el Centro Cultural Gabriela Mistral, repletó la sala de conferencias del recinto, reuniendo a destacados representantes de las comunicaciones y las ciencias sociales, que expusieron frente a periodistas, estudiantes y ciudadanía sobre la libertad de expresión y concentración mediática.

El panel estuvo moderado por la periodista Patricia Politzer y contó con la participación de Silvio Waisbord de Estados Unidos, Gustavo Gómez de Uruguay, Damián Loreti de Argentina, Francisco Sierra de Ecuador y Javiera Olivares, Presidenta del Colegio de Periodistas. Previo al discurso de los invitados, Edison Lanza, Relator Especial para la Libertad de Expresión de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos, realizó una videoconferencia con apreciaciones en torno a la libertad de expresión y las dificultades que enfrentan los comunicadores en Chile.

Waisbord se refirió a la necesidad de buscar consensos políticos para una normativa en comunicaciones. Para él, la sociedad civil “debe tomar protagonismo en las reformas de Latinoamérica”. Temas como el acceso a la información pública, la regulación de la publicidad oficial y los medios comunitarios fueron abordados por el argentino.

Gustavo Gómez, director del Observatorio Latinoamericano de Regulación de Medios y Convergencia, conversó sobre el panorama de Uruguay y la aprobación de su ley de medios el 2014. “Decidimos centrar el debate en la libertad de expresión y no en el derecho a la comunicación, que para los diferentes países se toman distintas opciones a la hora de legislar”, explicó.

Según el uruguayo, la regulación de contenidos también fue un tema polémico en su país: “Hay restricción de la propiedad privada, pero hay mayor libertad de expresión”, sentenció. En representación de Argentina,  Damián Loreti criticó la clásica concepción del concepto e hizo un recorrido histórico por la legislación que ha tenido este derecho, llevado a nuestros días y los desafíos actuales: “Nos enfrentamos al paradigma de la digitalización y tenemos el problema de que esto no sea una nueva concentración”, dijo.

Por otra parte Francisco Sierra, director general de la Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina (CIESPAL), se refirió al difícil escenario de los medios comunitarios situados en un contexto neoliberal donde las concentraciones de medios muchas veces van más allá de los medios nacionales: “Necesitamos empoderar a las audiencias y generar mayor participación (…), ampliar el desarrollo de medios comunitarios para fortalecer el sector ciudadano”.

Finalmente, Javiera Olivares explicó que no existe regulación para la concentración de medios en Chile, así como tampoco medios públicos. Aprovechó la oportunidad para recordar el diario La Nación, que terminó siendo privatizado por no poder autofinanciarse. Además, se refirió a la Ley de Prensa: “Si bien regula el ejercicio del periodismo, dejó fuera muchos planteamientos de organizaciones sociales que aludían a la concentración”. La dirigenta también comentó el escenario de la televisión digital, que se planteó como una posibilidad para democratizar y abrir canales comunitarios, pero que en la actualidad perpetúa los mismos dueños al tener aseguradas una concesión en la tv digital.

Tomado de la página del Colegio de Periodistas: http://www.colegiodeperiodistas.cl/2016/07/seminario-internacional-del-colegio-de.html  

Tecnopolítica y nuevo tiempo social. Por Francisco Sierra Caballero

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Del paro agrario en Colombia al movimiento Passe Livre en Brasil, del periodismo digital y la lucha mapuche por la tierra a las radios comunitarias en red de Bolivia, pasando por Yo soy 132 de México o la revolución de los pingüinos de Chile, la tecnopolítica inaugura en la región, en la última década, un tiempo nuevo que requiere formular con cierta urgencia una agenda de trabajo en común entre movimientos sociales y academia para conectar y definir un proyecto de construcción colectiva que trascienda los marcos y normas establecidos por la Comunicación como Dominio. Esta voluntad transformadora de articulación de un programa de trabajo o plataforma en común no puede, como es lógico, partir de cero. Cabe recordar el proceso de innovación social vivido en América Latina a lo largo de las décadas sesenta y setenta. Aún hoy, entre culturas y tradiciones diversas que conforman el amplio sector comunitario de la comunicación, numerosos agentes y actores colectivos continúan sosteniendo la idea revolucionaria de la comunicación participativa reivindicando la praxis con ellos a partir de la economía moral de la multitud y la experiencia rica y diversa de las culturas populares.

Desde los frentes culturales y las luchas por la democracia informativa liderada por la Comunicación Comunitaria como campo de producción autónoma de articulación de voces, como abertura contrahegemónica para el cambio social, de la resistencia a la crítica antagonista, el trabajo de organizaciones pioneras como ALER, ALAI o SIGNIS, entre otras muchas, ha venido contribuyendo al desarrollo de procesos de producción y apropiación tecnológica basado en la organización, la unidad y el empoderamiento grupal y colectivo que hoy deben ser tomados en consideración para una plataforma y agenda común en América Latina. Ahora bien, en la era de la denominada por Castells Autocomunicación de Masas, parece lógico revisitar críticamente, hasta sus últimas consecuencias, las nuevas experiencias de tecnopolítica que se observan en la región, en un ejercicio de reflexividad dialéctica, recursiva y generativa del campo, para recomponer las posiciones de observación, definir cambios de objeto y proyectar nuevos usos y estrategias de redes frente a la ciberguerra y la constante intervención que observamos en iniciativas de la USAID aplicadas en países como Cuba o Brasil. En ello nos jugamos el futuro, y en nuestros países periféricos la posibilidad misma de desarrollo autónomo.

Convendría subrayar sobremanera este hecho, porque nos tememos que el llamado tercer sector no es del todo consciente de esta situación contradictoria. No siempre fue así en la tradición latinoamericana. Desde “Para leer al Pato Donald”, el pensamiento crítico en comunicación ha procurado deconstruir en todo momento el proceso neocolonialista de las industrias culturales y de la teoría funcionalista o etnocéntrica occidental, hibridando, releyendo, reescriturando de nuevo la historia y el pensamiento desde su topología y mundos de vida concretos.

Sabemos que las tecnologías de información y comunicación (TICs) son dispositivos de expresión de la acción colectiva que surgen como resultado de la innovación, al tiempo que articulan para los movimientos sociales, desde el punto de vista de la mediación social, nuevas condiciones de disputa de la hegemonía en la lucha por el código. De ahí la pertinencia de un abordaje sociocultural de las mediaciones, aperturas y modelos de hibridación del espacio público que tienen lugar en las contradictorias dinámicas de articulación de la cibercultura contemporánea. De acuerdo con la Carta sobre Derechos en Internet de la Asociación para el Progreso de las Comunicaciones (APC), “El acceso a internet se ha incrementado a pesar de la constante exclusión de comunidades marginales y de miles de personas en países en vías de desarrollo.  Al mismo tiempo, se la ve cada vez más sujeta a la comercialización, al poder y al control corporativos.  Las nuevas tecnologías de información y comunicación (TIC), incluido la internet, son parte del proceso de globalización – un proceso que se lleva a cabo en términos desiguales y que suele exacerbar las desigualdades sociales y económicas entre países y dentro de los mismos.  A la vez, la internet y las tecnologías relacionadas pueden convertirse en herramientas para la resistencia, la movilización social y el desarrollo cuando están en las manos de individuos y organizaciones que trabajan por la libertad y la justicia.” (APC, 2002).

Nuevos desafíos

En este nuevo marco de intervención, no podemos obviar que emerge un nuevo sujeto o actor-red. “En particular, la transformación de la subjetividad de los procesos identitarios por el desplazamiento de los referentes culturales, corporales, espacio-temporales, geográficos y políticos, en un ágora electrónica, de despersonalización para algunos, de exacerbación del yo, o de una subjetividad compartida para otros, es un asunto que requiere de nuestra atención. El cruce de normativas que opera en la red está configurando un nuevo espacio para la construcción del otro y en consecuencia para pensar la ciudadanía” (Rueda, 2006: 29). La transformación de los vínculos sociales en el ciberespacio anticipa, en fin, nuevas formas de ciudadanía. Por ello, los movimientos sociales, el voluntariado y las ONGs deben asumir la centralidad de la tecnopolítica y definir estrategias en común en las redes electrónicas y telecentros, en la medida que toda máquina “es una concatenación no sólo de tecnología y saber, sino también de órganos sociales, llegando al extremo de ejercer una coordinación de los trabajadores y las trabajadoras individuales” (Raunig, 2008: 28). La visión matricial en red implica, en esta línea, mayor flexibilidad, interconexión, horizontalidad y cercanía. Más comunicación y menos información, de acuerdo al paradigma o enfoque de la mediación.

La cuestión, pues, es ver si las redes digitales nos permiten articular espacios socialmente abiertos, innovadores y autónomos, si contribuyen a establecer reglas y procedimientos, contrapoderes y espacios de interlocución y empoderamiento o, por el contrario, replican lógicas de dominio tradicionales tal y como se ha observado recientemente en Bolivia. Por ello, quizás hemos de volver a transitar el desplazamiento de lo tecnoinstrumental a lo sociopolítico, aprendiendo de nuevo a politizar críticamente la generación social de la comunicación y la cultura en una época de creciente disgregación y mercantilización del universo simbólico por las lógicas de mercificación de la innovación tecnológica y social. De no hacer, como viene planteando Mattelart, una crítica al cibercontrol, los procesos de cambio que vive América Latina corren el peligro de ser presas de la jaula digital y las estrategias de dominio de lo que antaño se denominara cultura tecnotrónica. Confiamos en la inteligencia creativa y emancipadora del tejido social. Es hora de situar en el centro estas cuestiones para una agenda común. El cómo y desde dónde es una cuestión a definir en territorio y desde lo concreto. Urbi et Orbi.

– Francisco Sierra Caballero es catedrático de Teoría de la Comunicación. Director del Grupo Interdisciplinario de Estudios en Comunicación, Política y Cambio Social (SEJ-456. Plan Andaluz de Investigación). www.franciscosierracaballero.net

Referencias

APC (2002). Carta de APC sobre derechos en Internet: Internet por el desarrollo y la justicia socialhttp://www.alainet.org/es/active/11844 (anexo II)

Lago, Silvia (Comp.) (2012). Ciberespacio y resistencias. Exploración en la cultura digital. Buenos Aires: Hekht Libros.

Raunig, Gerald (2008). Mil máquinas. Breve filosofía de la máquina como movimiento social. Madrid: Traficantes de Sueños.

Rueda, Rocío (2006): “Apropiación social de las tecnologías de la información: ciberciudadanías emergentes” en Tecnología Educativa, ILCE, número 4, México.

Sierra, Francisco y David Montero (Eds.) (2015).Videoactivismo y movimientos sociales. Barcelona: Gedisa.

Artículo publicado en la Revista América Latina en Movimiento: La comunicación en disputa 02/06/2016